LULA E O PAC EM 2009.

"Governo pode evitar concessão de obras PAC // Injeção de dinheiro público poderia manter aquecida a demanda por máquinas, equipamentos e insumos e empregar mão-de-obra


O programa de Aceleração do Crescimento (PAC) enfrentará em 2009 um desafio de R$ 50,3 bilhões. Esse é o valor de concessões e licitações para as principais obras de rodovias, ferrovias, portos e energia programadas para o próximo ano. O financiamento desses projetos, porém, é considerado a grande incógnita do programa, uma vez que a crise internacional alterou fortemente o sistema de crédito mundial. O governo, inclusive, cogita assumir, ao menos na fase inicial, algumas obras de grande porte que seriam concedidas à iniciativa privada.

De acordo com uma fonte da área econômica, o governo está decidido a fazer de 2009 o melhor ano do PAC, lançado em janeiro de 2007. O programa de obras do governo é um dos principais instrumentos do presidente Lula para conter o esfriamento da economia. Por meio do PAC, ele pode injetar dinheiro público na edificação de obras estruturantes, num esforço de manter aquecida a demanda por máquinas, equipamentos e insumos e empregar mão-de-obra, contrabalançando em parte as demissões no setor privado.

Para isso, poderá assumir com verbas orçamentárias algumas dessas obras para, e em um segundo momento, de maior calmaria no mercado internacional e interno, repassá-las à iniciativa privada. O modelo seria o mesmo da construção do trecho norte da ferrovia Norte-Sul"