ACS GREVE GERAL, PARADA DE 24 hrs EM ARACAJÚ

Agentes de saúde fazem manifestação na PMA
A categoria está insatisfeita com os salários e define paralisação de 48h em assembléia nesta quinta-feira, 19
18/03/2009 - 11:29

Agentes mostram insatisfação com salários e fazem apitaço na PMA


Agentes comunitários de saúde e de endemias fizeram uma manifestação na manhã desta quarta-feira, 18, na porta da Prefeitura de Aracaju (Centro Administrativo). A categoria tenta negociar com o prefeito Edvaldo Nogueira, o cumprimento da portaria nº 1.234, de 19 de junho de 2008, assinada pelo ministro José Gomes Temporão, fixando o valor do incentivo de custeio em R$ 581 por cada trabalhador.

Os agentes recebem R$ 413, valor considerado pelos agentes, como “uma mesada”. Na Secretaria de Saúde, a informação é de que a portaria não fixa salários ou pisos e sim uma ajuda no custeio para os municípios viabilizarem a transformação dos terceirizados em agentes de saúde. Insatisfeita, a categoria pode cruzar os braços por 48h.


João Santos, presidente sindicato da categoria
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Aracaju, João Antônio Santos, a média de salários em nível nacional é de R$ 930. “Todos os municípios já estão cumprindo a portaria 1.234, menos Aracaju. O pior é que o secretário de Saúde, Marcos Ramos, não tem resposta para a gente, porque o prefeito não acena com nenhum aumento salarial”, lamenta.



Ele disse que o ato de hoje é apenas de advertência, mas ao final da assembléia marcada para às 17h desta quinta, 19, na sede do Sindicato dos Servidores da Deso (Sindisan), à rua Marechal Deodoro, a categoria pode aprovar um indicativo de paralisação por 24h.


Categoria diz estar passando "a pão e água"
“Nós entregamos a pauta de reivindicações no final de novembro de 2008, mas até agora não obtivemos qualquer resposta, não há dialógo com o prefeito, ele não senta para negociar. Temos agentes recebendo menos do que R$ 414. Isso não é salário, é mesada e a categoria não vive de mesada. Temos família para sustentar”, desabafa o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde.

Protetor

A categoria reclama ainda da falta de protetores solares por parte da Secretaria Municipal de Saúde. Uma agente que preferiu não se identificar, temendo represália, contou que estão disponibilizando bloqueadores em galões de cinco litros. “Se no rótulo diz que temos que passar de 20 em 20 minutos, como faremos para levar um recipiente de cinco litros e ficar dividindo com os colegas”, indaga a agente ressaltando que não existe o fator de proteção na embalagem.

Contraponto


Secretário Marcos Ramos aberto ao diálogo
A assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o diálogo está aberto e o que está existindo é uma interpretação errada por parte das lideranças sindicais. “O salário atual de um agente de saúde é o salário mínimo vigente no país. O bruto é de R$ 465 e o valor que o Ministério repassa é para ajudar no custeio para que os municípios viabilizem a transformação em agentes de saúde. O agente recebe R$ 465 e é descontado 11% para a Previdência Social. Ninguém ganha menos que o mínimo”, explica a assessora Déa Jacobina, lembrando que já houve um avanço com a transformação de 700 terceirizados em agentes.

Quanto aos protetor solar, Déa Jacobina informou que na embalagem existe rótulo LUVEX- UV Bloqueador Solar FPS/FP-UVA- Fator Protetor Solar 30.

Por Aldaci de Souza