Cai número de abortos no mundo

Universalização do uso de anticoncepcionais causou redução de 45,5 milhões em 1995 para 41,6 milhões em 2003. Gestações indesejadas também diminuíram
LONDRES – O número de abortos e de gestações não desejadas registra uma diminuição no mundo devido a uma universalização do uso de anticoncepcionais. A conclusão é baseada num estudo internacional publicado pelo Instituto Guttmacher, uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos.
O número de abortos passou de 45,5 milhões em 1995 a 41,6 milhões em 2003, enquanto o índice de gestações indesejadas caiu de 69 para cada mil mulheres entre 15 e 44 anos em 1995 para 55 no ano passado, de acordo com o relatório da ONG.
Ao mesmo tempo, a proporção de mulheres casadas que utilizam métodos anticoncepcionais no planeta aumentou: foi de 54% em 1990 a 63% em 2003. Entre as solteiras, o levantamento também revelou um crescimento no uso desses medicamentos.
“Há cada vez mais provas de que dar às mulheres os meios para decidir por elas mesmas quando querem ficar grávidas e quantos filhos querem ter diminui de maneira importante os índices de gestações não desejadas e, portanto, reduz a necessidade de recorrer ao aborto”, comentou a diretora do instituto, Sharon Camp.
Esses programas são, no entanto, “modestos em relação ao que poderia ser feito”, acrescentou Camp, destacando importantes brechas regionais.
O aborto é ainda ilegal em 32 países, apesar de 19 nações reduzirem as restrições em suas leis sobre a interrupção da gravidez desde 1997. Outros três, contudo, as “aumentaram consideravelmente”, lembrou a diretora da ONG.
Enquanto na América Latina e no Caribe 71% das mulheres casadas utilizavam métodos contraceptivos em 2003, esse percentual era de apenas 28% na África.
“Satisfazer as necessidades em termos de contracepção, que continuam sendo muito altas em várias regiões do mundo, é essencial para promover o bem-estar das mulheres e suas famílias”, enfatizou Sharon Camp.
Ainda conforme o estudo, 40% das mulheres no mundo vivem em países com leis sobre o aborto “muito restritivas”, entre elas 97% das latino-americanas. “As restrições legais não fazem com que haja menos abortos, apenas tornam o processo mais perigoso”, declarou Camp.
A pesquisa recorda, por fim, que os abortos clandestinos causam todos os anos 70 mil mortes no planeta e que outros 5 milhões de mulheres são tratadas anualmente por complicações derivadas de um aborto inseguro.
(Jornal do Commercio).
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