Cai número de abortos no mundo
Publicado em 14.10.2009
Universalização do uso de anticoncepcionais causou redução de 45,5 milhões em 1995 para 41,6 milhões em 2003. Gestações indesejadas também diminuíram
LONDRES – O número de abortos e de gestações não desejadas registra uma diminuição no mundo devido a uma universalização do uso de anticoncepcionais. A conclusão é baseada num estudo internacional publicado pelo Instituto Guttmacher, uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos.
O número de abortos passou de 45,5 milhões em 1995 a 41,6 milhões em 2003, enquanto o índice de gestações indesejadas caiu de 69 para cada mil mulheres entre 15 e 44 anos em 1995 para 55 no ano passado, de acordo com o relatório da ONG.
Ao mesmo tempo, a proporção de mulheres casadas que utilizam métodos anticoncepcionais no planeta aumentou: foi de 54% em 1990 a 63% em 2003. Entre as solteiras, o levantamento também revelou um crescimento no uso desses medicamentos.
“Há cada vez mais provas de que dar às mulheres os meios para decidir por elas mesmas quando querem ficar grávidas e quantos filhos querem ter diminui de maneira importante os índices de gestações não desejadas e, portanto, reduz a necessidade de recorrer ao aborto”, comentou a diretora do instituto, Sharon Camp.
Esses programas são, no entanto, “modestos em relação ao que poderia ser feito”, acrescentou Camp, destacando importantes brechas regionais.
O aborto é ainda ilegal em 32 países, apesar de 19 nações reduzirem as restrições em suas leis sobre a interrupção da gravidez desde 1997. Outros três, contudo, as “aumentaram consideravelmente”, lembrou a diretora da ONG.
Enquanto na América Latina e no Caribe 71% das mulheres casadas utilizavam métodos contraceptivos em 2003, esse percentual era de apenas 28% na África.
“Satisfazer as necessidades em termos de contracepção, que continuam sendo muito altas em várias regiões do mundo, é essencial para promover o bem-estar das mulheres e suas famílias”, enfatizou Sharon Camp.
A pesquisa recorda, por fim, que os abortos clandestinos causam todos os anos 70 mil mortes no planeta e que outros 5 milhões de mulheres são tratadas anualmente por complicações derivadas de um aborto inseguro.
(Jornal do Commercio).
Universalização do uso de anticoncepcionais causou redução de 45,5 milhões em 1995 para 41,6 milhões em 2003. Gestações indesejadas também diminuíram
LONDRES – O número de abortos e de gestações não desejadas registra uma diminuição no mundo devido a uma universalização do uso de anticoncepcionais. A conclusão é baseada num estudo internacional publicado pelo Instituto Guttmacher, uma organização de saúde sexual com sede nos Estados Unidos.
O número de abortos passou de 45,5 milhões em 1995 a 41,6 milhões em 2003, enquanto o índice de gestações indesejadas caiu de 69 para cada mil mulheres entre 15 e 44 anos em 1995 para 55 no ano passado, de acordo com o relatório da ONG.
Ao mesmo tempo, a proporção de mulheres casadas que utilizam métodos anticoncepcionais no planeta aumentou: foi de 54% em 1990 a 63% em 2003. Entre as solteiras, o levantamento também revelou um crescimento no uso desses medicamentos.
“Há cada vez mais provas de que dar às mulheres os meios para decidir por elas mesmas quando querem ficar grávidas e quantos filhos querem ter diminui de maneira importante os índices de gestações não desejadas e, portanto, reduz a necessidade de recorrer ao aborto”, comentou a diretora do instituto, Sharon Camp.
Esses programas são, no entanto, “modestos em relação ao que poderia ser feito”, acrescentou Camp, destacando importantes brechas regionais.
O aborto é ainda ilegal em 32 países, apesar de 19 nações reduzirem as restrições em suas leis sobre a interrupção da gravidez desde 1997. Outros três, contudo, as “aumentaram consideravelmente”, lembrou a diretora da ONG.
Enquanto na América Latina e no Caribe 71% das mulheres casadas utilizavam métodos contraceptivos em 2003, esse percentual era de apenas 28% na África.
“Satisfazer as necessidades em termos de contracepção, que continuam sendo muito altas em várias regiões do mundo, é essencial para promover o bem-estar das mulheres e suas famílias”, enfatizou Sharon Camp.
Ainda conforme o estudo, 40% das mulheres no mundo vivem em países com leis sobre o aborto “muito restritivas”, entre elas 97% das latino-americanas. “As restrições legais não fazem com que haja menos abortos, apenas tornam o processo mais perigoso”, declarou Camp.
A pesquisa recorda, por fim, que os abortos clandestinos causam todos os anos 70 mil mortes no planeta e que outros 5 milhões de mulheres são tratadas anualmente por complicações derivadas de um aborto inseguro.
(Jornal do Commercio).
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